Toxicidade dos produtos fitofarmacêuticos: 5 recomendações

Toxicidade dos produtos fitofarmacêuticos: 5 recomendações

Os produtos fitofarmacêuticos (PF) podem ter menores ou maiores níveis de toxicidade envolvidos no processo de aplicação. Por essa razão, na Selectis avaliamos rigorosamente a toxicidade dos nossos produtos, fundamentando as indicações que são depois dadas no rótulo e cujo objectivo é reduzir o risco.

Nos últimos anos, a tendência tem sido para a diminuição do número de produtos com elevada toxicidade, seja esta para o homem, outros organismos e para o ambiente. Alinhados com estes princípios, na  Selectis recomendamos 5 cuidados que o agricultor deve ter:

1 – Ler sempre o rótulo

Aqui encontramos as diferentes informações sobre os cuidados a ter com o PF, além de toda a informação sobre condições gerais de aplicação, como a dose ou a concentração, as culturas nas quais este pode ser aplicado e contra que inimigos.

2 – Adequar o seu equipamento de proteção individual à toxicidade do produto que vai aplicar

O aplicador é informado do quão o PF pode ser tóxico através da classe toxicológica, que classifica os produtos como:

  • Perigoso para o ambiente aquático”, representado por um peixe morto e uma árvore.
  • Corrosão cutânea, Lesões oculares graves”, representado por dois tubos de ensaio que derramam líquido num bloco e numa mão.
  • Irritante, Sensibilizante dérmico, Toxicidade agudarepresentados por um ponto de exclamação.
  • Carcinogéneo, Sensibilizante para a respiração, Toxicidade para a reprodução, Toxicidade sistémica para órgão-alvo”, representado por uma figura humana com raios a partir do peito.
  • Numa percentagem cada vez menor também há os de “Toxicidade aguda severa” – representados pelo símbolo da caveira.

A Classe Toxicológica permite que o aplicador ajuste as suas precauções, incluindo o Equipamento de Proteção Individual que deve utilizar, protegendo-se especialmente da inalação e do contacto com a pele e os olhos.

3 – Respeitar o Intervalo de Reentrada

O Intervalo de Reentrada tem em conta o risco para outros trabalhadores da exploração, definindo quando é que podem voltar entrar na área tratada depois da aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Em Portugal, este intervalo é de 24 horas e de 48 horas para grávidas e aleitantes.

4 – Respeitar o Intervalo de Segurança

O Intervalo de Segurança (IS) é o conceito central do sistema que permite proteger a saúde do consumidor, e define-se como o tempo entre a última aplicação do PF sobre a cultura e o momento da colheita – não tem em conta o tempo de armazenamento. Nunca esquecer também que o IS depende da cultura onde o produto está a ser aplicado. Assim, o agricultor tem uma forma simples de ser cuidadoso, sem ter que conhecer todas as análises e cálculos utilizados no cálculo do IS. Cumprir o IS é proteger o consumidor.

O consumidor confia no agricultor e no papel fiscalizador dos resíduos do Ministério da Agricultura e dos Organismos Privados de Controlo e Certificação, que controlam estes produtos e certificam os produtores de maneira a que os seus produtos entrem, por exemplo, nas grandes superfícies e nos mercados de exportação.

5 – Cuidar do ambiente

Além do homem e dos animais de sangue quente é fundamental também testar a toxicidade do PF para insetos auxiliares (que se alimentam de pragas) e polinizadores, dos quais se destaca a abelha. Esta maior ou menor seletividade é referida no rótulo, de maneira a que o produtor faça a escolha acertada e evite, caso seja necessário, a aplicação durante a floração.

O mesmo se passa com os organismos aquáticos, que são muitas vezes a base de ecossistemas muito importantes. É fundamental ter em atenção o quão tóxico pode ser um produto e testá-lo com antecedência. Desta forma, podemos dar ao aplicador indicações do cuidado que deve ter com a aplicação junto de rios e lagos – ou para não o fazer de forma alguma no caso do PF ser demasiado perigoso.

abelha a polinizar flor

20 Novembro, 2024