Flavescência Dourada da Vinha

Doença epidémica exclusiva da videira que obriga ao arranque das cepas infetadas. Causada por um fitoplasma que parasita as células do floema da videira e que é transmitido pelo inseto vetor – ‘Scaphoideus titanus’. Este cicadelídeo apresenta uma geração por ano.

As fêmeas fazem as posturas dos ovos de agosto a outubro na madeira de 2 anos ou mais, sendo que a eclosão se inicia em maio. As larvas colonizam rapidamente as folhas e passam por 5 estados larvares até atingirem o estado adulto.

Os primeiros adultos surgem em julho e voam até ao final de agosto. As larvas ou os adultos ao alimentarem-se das folhas já infetadas tornam-se vetores do fitoplasma.

Para infetar outra cepa, o fitoplasma tem de passar um período de incubação de cerca de 30 dias no organismo do inseto. Após este período, ao alimentar-se, injeta o fitoplasma na cepa, contaminando-a.  O inseto não transmite a doença à descendência. A videira infetada pode apresentar sintomas no ano seguinte à infeção ou até 5 anos depois.

Sintomas:

As videiras infetadas apresentam atraso na rebentação, abrolhamento tardio e varas não atempadas.

•Folhas – descoloração (amarelecimento nas castas brancas e vermelhidão nas castas tintas), com enrolamento para a página inferior. As folhas tornam-se rígidas e quebradiças.

•Inflorescências – dessecamento das inflorescências à floração

•Cachos – murcham e secam (bagos com polpa fibrosa e acidez elevada)